TOP GUN
potiguar,
entre cajuzinhos e brigadeiros.
O
fenômeno da televisão ainda é discutido se deve ser considerado como cultura ou
se é apenas um meio de comunicação. Mas é indiscutível que é um sistema de
propriedade das camadas elitistas e dominadoras, transmitindo e difundindo suas
ideias e seus ideais. Por meio de vinhetas, marcas, logotipos e logomarcas vão
produzindo, criando, transformando e construindo um capital, não só econômico,
mas cultural, comercial, e etc. Um capital de domínio.
A maior
rede de televisão brasileira, considerada como uma das maiores do mundo, tem
qualidade internacional, e também tem um nome que remete a ideia de globalização,
um momento e uma nova história que o mundo vem passando e se transformando.
A rede
globalizadora de televisão, já vinha apresentando, em horário nobre, uma novela
com um tema girando em torno de uma das forças armadas. Um capitão da cavalaria
do exercito, honesto e corajoso, contracenando com outro oficial genioso e
traiçoeiro. A história se desenrola com situações de cavalaria e faz lembrar em
determinadas cenas o patrono do Exército Brasileiro, o Duque de Caxias, que deu
o nome a um município contíguo a cidade do Rio de Janeiro.
Em data
recente começou uma nova novela que o tema central está focado em outra força
armada. Um piloto da FAB – Força Aérea Brasileira, bem conceituado na BANT -
Base Aérea de Natal/RN em tramas e dramas ainda não desvendados. A novela
acontece em uma cidade fictícia próxima a cidade de Natal/RN e com cenas a
partir do aeroporto que está localizado em uma das cidades que fazem limite com
Natal.
Parnamirim,
conhecida como Trampolim da Vitória, que um dia já teve o nome de Eduardo
Gomes, que fora um brigadeiro, ministro da Aeronáutica e candidato á
presidência da República. O doce de festa que leva o nome de brigadeiro tem
origem na candidatura de Eduardo Gomes à presidência, e o aeroporo de Natal
está rodeado de cajueiros nativos.
Coincidências
á parte, em uma escolha sempre há um desejo e intenção oculta. A escolha de uma
novela pode ser tal como a escolha de um artigo a ser publicado. Diante de
alguns temas recebidos, diante de uma situação econômica ou social o editor ou
diretor responsável pode escolher o artigo ou novela que mais se apropria ao
momento e aos espaços disponíveis, seja em uma página de jornal ou em uma grade
de programação de um canal de televisão, uma estação de rádio, etc.
A escolha
e as escolhas feitas pelos responsáveis em um sistema de comunicação (jornal,
rádio, televisão e similares). ainda vão depender das suas vivencias e
experiências que vão determinar e influenciar as suas escolhas. Teoricamente
estas seriam as justificativas para escolhas de um artigo a ser publicado e
para uma novela ir ao ar. Mas há mais coisas entre o céu e a terra que possamos
imaginar.
Determinar
e entender as intenções ocultas de responsáveis dos veículos de informação se
torna uma tarefa difícil entender as mensagens subliminares, mas vamos
adicionar ao inconsciente, e ficaremos sem saber das reais intenções.
Mulheres
perfeitas e prefeitas, mulheres governadoras e mulheres presidentas já
convivemos no dia a dia. Agora, as mulheres ocupando espaços na Marinha
Mercante e na Marinha de Guerra como vimos acontecer recentemente já seria um
bom argumento para uma próxima novela global.
Publicado
no Jornal de HOJE
Natal/RN
Parnamirim/RN -17/03/2013
Roberto
Cardoso
(Maracajá)
Cientista
Social
Jornalista
Científico
Sócio
Efetivo do IHGRN
(Instituto
Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
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