QUICHE de
ginga com jiló
Vem
chegando o Natal, o Carnatal e acidade em um caosnatat. A Cidade do Natal/RN,
vem convivendo com uma série de amarguras, Crise nos hospitais públicos, e até
os particulares, cooperativas de médicos e estendendo-se a SAMU, o serviço de
urgência. Até hospital que exibe selo de Gestão da Qualidade tem demonstrado
desrespeito pelo usuário.
Lixo
espalhado pelas ruas e avenidas, terrenos baldios entulhados. Causando espanto,
nojo e abominação as pessoas que visitam a cidade. Não se sabe exatamente se a
sujeira é de quem está saindo ou é a bagunça de quem está entrando. Cada qual
tem suas desculpas e estratégias, pode ser sabotagem ao governo de quem entra
ou ao governo de quem sai. E a conta vai para quem saiu pela culatra e entrou
pelo cano, o povo.
Amarguras
que antecedem o Carnatal, evento de abrangência local, que talvez atraia
foliões de cidades mais próximas. Não se sabe ainda se Papai Noel fará um frete
na volta levando toda essa sujeira e toda essa bagunça espalhada pela cidade. A
população terá que aguardar o dia de Natal.
A Copa do
Mundo atrairá públicos de diversas partes do mundo, todas as mídias estarão
focadas no Brasil. O mundo todo olhando para o Brasil, satélites já circulam
sobre as nossas cabeças a um bom tempo, colhendo e levando informações de um
lado e levando ao outro lado do mundo. E a Cidade do Natal também ocupará uma
parcela destes espaços nas mídias jornalísticas e turísticas. As TICs,
Tecnologias da Informação e da Comunicação ferramentas poderosas do mundo
globalizado, irão informar e comunicar o que bem entende e somente o que lhes
convém e a quem lhes interessa.
Fontes
não oficiais informam sobre a solicitação para autorização de uma construção a
partir de uma escavação na praia, em uma indeterminada praia, para que os
ocupantes e convivas se sentissem bem acomodados e sentados na linha do nível
do mar com o horizonte infinito a seu dispor, diante de seus olhos. Construção
esta que foi, vai ser ou será um desastre ao ecossistema local.
Uma
novela está sendo rodada, filmada em diversas praias da região, em que os takes
de gravação vão compor uma cidade fictícia. As diversas paisagens farão
parte de uma mesma cidade. A cidade será fictícia, se o estado e o país serão
fictícios ainda não se sabe. O limite desta ficção só será desvendado quando a
novela começar. Royaltes e direitos conexos seriam uma ótima opção para a
região se tiver direito de marcas e patentes, copyright. e etc. aos
locais, aos seus figurantes, aos trabalhadores que deram suporte nas filmagens.
Em um mundo de globalização e envolvimentos, fica aqui a sugestão aos
advogados, estudarem as LDAs.
Praias
badaladas, parrachos escunas e iates. Enquanto estarão se fartando de lagosta,
no pós-período de seu defeso, e de camarões VG. Já a algum tempo os americanos
não se fartam de lagostas, devido a campanhas contra o consumo e captura.
Queijos,
vinhos e caviar. Talheres de prata e tomando pro seco em taças de
cristal, água Perrier, evitando as águas locais.
E durante
a Copa a massa do povo estará na praia da “Ridinha”, massa do povo e dos
salgadinhos, estarão dançando com muita ginga e gingado o forró que é uma
corruptela da língua inglesa com a influencia americana na Segunda Guerra.
Degustando um jiló em conserva, tomando uma ‘cervejinha’, uma ‘caipirinha’ ou
uma ‘cachacinha’ em copos americanos, evoluídos dos de geleia, comendo gingas
com tapioca, pastéis, espetinhos e empadinha e quem sabe os com mais ‘dinheirinho’
um quiche de ginga com jiló. E para refrescar um dim dim, não no bolso,
mas no palito..
Publicado
no Jornal de HOJE
Natal/RN
Roberto
Cardoso
Membro Efetivo
do IHGRN
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