terça-feira, 31 de janeiro de 2017

A tranquilidade permanece nos gabinetes

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A tranquilidade permanece nos gabinetes
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A tranquilidade deve permanecer nos gabinetes, estadual e municipal por mais cinco dias.  Com as tropas federais permanecendo nas ruas, da Região Metropolitana de Natal/RN, prefeitura e governadoria ficam mais tranquilas. Não precisam pensar em policiamento e segurança. Têm suas vidas protegidas ao transitar entre suas residências e escritórios, entre suas casa e seu gabinetes. Podem circular com seus carros fechados, com vidros escuros e ar condicionado, sem serem notados. Podem pensar em suas estratégias de promover alegria, um circo atualizado, para os que vivem em uma corda bamba.


De seus gabinetes observam o que acontece do lado de fora, como um filme projetado em uma parede. Entram em seus gabinetes só pessoas ou problemas autorizados. Estão se guardando para quando o carnaval chegar. Mas antes do carnaval chegar as tropas federais devem deixar as ruas. E as ruas e estradas do do estado e das cidades, voltam a uma normalidade, ainda não definida. Volta uma normalidade com polícia estadual e guardas municipais. Ainda não dissipou por completo, os problemas gerados em Alcaçuz, ainda não está decantado. A mistura ainda está turva. Não dá para separar soluções de problemas.




Em 31/01/2017


Roberto Cardoso (Maracajá)


#MissãoSurvey #Trocando12por1dúzia


Texto em:

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Depois de Pipa


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Depois de Pipa
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Texto anterior:

Cheetos, Van e Pipa


O casal insulano esteve em Pipa e lembrou de Búzios/RJ. As praias brasileiras descoberta por turistas estrangeiros. Assim como a ilha de Luz del Fuego na Baía da Guanabara. Recantos ou paraísos, com alguns comportamentos próprios. Em Pipa encontraram ruas com paralelepípedos, muitos argentinos e cheiro de mato queimado pelas ruas. Mas será que descobriram a razão do nome? Só com um passeio de barco, pode ser avistada a pedra em forma de uma pipa (d'água). E depois de Pipa um outro roteiro, agora seguindo a Rota do Sol.

Partindo de Ponta Negra, o primeiro ponto avistado é o Frasqueirão, estádio de um clube de futebol do estado (ABC). E dois grandes clássicos do futebol acontecem em Natal: América x ABC e ABC x América. Na cidade encontramos somente times do Grupo A: América, ABC e Alecrim.

Continuando pela Rota do Sol, um museu a céu aberto na beira da estrada. O museu da Barreira do Inferno, com artefatos de pesquisas atmosféricas. O Centro de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno (CLBI). Um avião Xavante convida todos para uma foto.  Em Natal tem BANT, SBNT e NAT, enquanto na Ilha do Governador tem BAGL, SBGL e GIG, as representações da Aeronáutica e FAB, a Força Aérea Brasileira e locais de voos comerciais.

E aqui um alerta. Natal foi importante ao longo da história. Após o descobrimento, com uma invasão holandesa. Depois da Primeira Guerra, com pilotos franceses, incluindo Saint-Exupéry (Pequeno Príncipe). E durante a Segunda Guerra com a presença dos americanos. Natal ficou conhecida como Trampolim da Vitória (Parnamirim Feeld). A palavra forró tem origem e finalidade duvidosa, dizem ter sido criada a partir de for all, com as festas promovidas para todos, ou para fortalecer e consolidar a presença dos americanos. Natal sempre foi um ponto estratégico. E se um dia for necessário, de ter algo a proteger, a Barreira do Inferno pode tornar-se uma base de mísseis. Hoje o Brasil possui grandes aquíferos subterrâneos e uma camada promissora de grandes reservas de petróleo, o chamado pré-sal. Mas ainda não há uma soberania, outros países e empresas estrangeiras estão interessados.

O destino final do casal seria um cajueiro, reconhecido até o momento como maior cajueiro do mundo. Uma estrutura de madeira forma um mirante, para ver o cajueiro do alto. E com certeza, estando em cima do mirante, avistaram três edifícios que chamam a atenção por suas cores curiosas. Os edifícios conhecidos na região como Maionese, Ketchup e Mostarda. Uma vaga lembrança dos trailers da Ilha.

No caminho de volta, podem não ter parado, mas com certeza foi apresentado. A local mais procurado ali, depois do cajueiro, ao menos para uma foto. Um restaurante modesto com um nome curioso; Comeu Morreu e sua principal especialidade estampada no letreiro: Nenhuma. O restaurante foi criado por um antigo vendedor de espetinhos (o conhecido churrasquinho de gato). E seus antigos clientes diziam, que comer o churrasquinho era fatal. Morria.

Conheceram o Litoral Sul, incluindo a Ponta do Cotovelo e Pipa, Em uma próxima viagem podem conhecer o Litoral Norte, conhecendo a Ponta do Calcanhar e chegando a São Miguel do Gostoso.

Não foi possível levantar um fato sobre o casal. Se conheceram um centro de artesanato, Centro de Turismo, localizado em uma antiga cadeia pública. Onde as quinta-feiras acontece o Forró com Turista. E com certeza não visitaram a casa de Câmara Cascudo. Um fato criticado pelos defensores da história e da cultura na cidade e no estado. Ninguém lembra de Cascudo, mais conhecido por estrangeiros do que brasileiros.  A Ilha também tem dessas coisas poucos sabem onde está uma casa, antiga residência de Lima Barreto  (década 1930).


RN 27/01/2017

Roberto Cardoso (Maracajá)
Cardosão - Cardoso

#BLOGdoMaracajá #FORUMdoMaracajá

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

NATAL-PARNAMIRIM-NATAL (Caminhando)

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NATAL-PARNAMIRIM-NATAL (Caminhando)

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Atenção senhores passageiros, o trem parado na plataforma com destino a Parnamirim, parte dentro de instantes, e tem paradas previstas nas estações: João Machado, Severino Lopes e Santa Maria.




Não haveria data melhor para acontecer, era véspera de sexta feira 13. Uma performance um tanto lúdica, equilibrada nos trilhos. A cor branca como resultado de misturas, não era obrigatória, mas tinha uma mensagem inscrita.


Próxima estação; Parnamirim. Estação terminal, todos os passageiros devem desembarcar. A empresa agradece a preferencia.


Um bando de loucas vestindo roupas brancas embarcou em um VLT, que parte de Natal/RN com destino a Parnamirim/RN. E chegando em Parnamirim não desembarcaram. Ficaram dentro do VLT para fazer a viagem de volta. Mas tanto na viagem de ida como na viagem de volta, as loucas ficaram andando dentro do VLT, entre um vagão e outro. Queriam afirmar que fizeram os trajetos de ida e de volta andando sobre os trilhos. Fizeram uma performance no estilo Rádio Pinel ao Vivo. E a TV Assembleia acompanhou a viagem, sob o comando de Andreia, a dama de preto com microfone na mão, seguida por um câmera....  Isso vai virar matéria para ser exibida na telinha.


A louca mor levou a mãe e a filha para fazerem as viagens. E não foi a única, a levar parentes, dizem nas fofocas, que aconteceram coisas de Matilde. Uma delas se vestiu de doutora, afirmando ser a doutora Catita, especialista em fazer rir com uma técnica do uso das vogais. E vez por outra alguma delas, em momentos mais lúcidos, explicam as suas presenças naquele trem para os passageiros que não entendiam nada. Mas aceitavam um laço branco para usar como broche. Uma policial trocou a farda pelo pijama, ceroula branca com as divisas e condecorações amarradas.


Estavam no trem lançando a campanha do Janeiro Branco. Com alguns acompanhantes que estavam no grupo, disfarçados de pessoas normais. Um movimento que visa a preservação e conservação da saúde mental de todos. Inclusive das loucas que estavam contando histórias para entreter os passageiros. Divertiram os que estavam a bordo, fazendo-os perderem as estações de destino.


Tal como alguns meses do ano já são coloridos, como campanha de prevenção ao câncer de órgãos e de situações diversas. Janeiro Branco surge como a prevenção, da saúde mental que todos podem estar sujeitos: a momentos de isolamento ou stress. O início do ano como início de vida, deixando para trás as marcas da vida. Janeiro o momento de fazer e refazer novos planos, a partir de um conhecimento aprendido. E um grupo de contadoras de histórias se dispôs a levar um conhecimento ao povo. O povo que anda nas ruas e o povo que viaja de trem. Um povo carente de acesso, carente de transportes e carente de conhecimento.


Aos pouco o sistema de trens urbanos vai sendo substituído por VLTs, os Veículos Leves sobre Trilhos. Ao longo dos trilhos na chegada em Parnamirim é possível ver algumas centenas de metros ocupadas por pilhas de dormentes, que um dia servirão para assentar trilhos em novas linhas. Mas o serviço atual ainda está muito dormente, faltam informações para quem fica naquele espaço fechado durante algumas horas do dia. Um tempo desperdiçado que poderia ser usado para divulgar conhecimento. As telas de TVs nos vagões ainda são poucas e com ângulos de visão para poucos. Ainda há muito espaço livre dentro dos vagões para expor símbolos e literaturas que transmitem informação e conhecimento.


Na volta algumas das loucas já ficaram pelo caminho. E desceram cantando:  ……. Moro no Pitimbu, se eu não descer desse trem, que vai parar agora às quatro horas. Só amanhã de manhã…… Meu marido não dorme enquanto eu não chegar …… tenho meu cafofo pra morar ……


Próxima estação; Ribeira - NATAL. Estação terminal, todos os passageiros devem desembarcar. A empresa agradece a preferencia.


Terminou a maratona daquele dia. A qualquer momento as contadoras de histórias podem aparecer em algum lugar do estado. Vestidas de fadas ou de bruxas.

Em 13/01/2017