Jabutis
em árvores (parte 3)
O automóvel foi concebido,
planejado e construído, para facilitar o deslocamento de pessoas, encurtando
distancias e reduzindo o esforço físico, de quem transporta algo, ou é
transportado. Foi idealizado para transportar pessoas, cargas e volumes, como
uma evolução do tempo, e do transporte por tração animal. A força de seu motor
é medida em cavalos, HP (Horse Power). E as velas dão início a sua combustão. O
espanhol preservou uma escrita, denominando como ‘coche’, enquanto os ingleses mantém
o volante na posição dos cocheiros. No Brasil ainda é comum manter carros em
frente das casas, sobre as calçadas, como animais de montaria amarrados,
aguardando seu dono. (Jack and JAC. JH em 10/09/12). Afinal todos querem
mostrar que possuem um puro sangue.
A invenção do estribo
facilitou o controle dos cavalos, e parte do controle do automóvel é feita com as
pernas e os pés. Enquanto os transportes eram por veículos de tração animal,
justificavam as paradas para descanso e/ou alimentação dos animais condenados a
puxar carroças ou mesmo bondes. Hoje não justifica parar um carro para descanso
de seus cavalos de potencia contidos em seu motor. Pare abastecimentos e
arrefecimentos, de minerais e vegetais (óleos, gasolina e álcool de cana); água
e reparos em cascos e ferraduras (rodas e pneus), novas estrebarias com outras
ferramentarias. Existem os postos de automotivos. Com uma bandeira comercial, que
os identificam de longe. Em estradas, há placas com mensagens visuais, que identificam
os serviços oferecidos.
O homem inventa, e faz
criações com objetivos. Da mesma maneira que os automóveis foram concebidos,
planejados, e construídos, para facilitar transportes, assim foram os aviões,
dirigíveis e outros meios de transporte. Um avião parado é uma aeronave que
gera custos e prejuízos. Um avião pousa apenas manutenções e reparos, para
abastecimento e troca de tripulação. Descarregar e carregar ideias.
Pensando na lebre da fábula
que o carro pode ter sido imaginado e construído. Assim um carro estacionado
foge a lógica de sua concepção. Não justifica ficar em cima de uma calçada
parado como um jabuti. Adquirir um carro pode provocar benefícios e problemas. Uma
guia ou meio fio, formando um degrau indica que a calçada não é local de
transito de automóveis. Uma faixa amarela contínua indica que não é permitido
estacionar junto à guia naquele trecho de avenida. Condutores aprendem as
regras de transito apenas para obter uma habilitação. Há uma komunicologia
pelas ruas e calçadas que precisa ser compreendida e respeitada.
Para possuir um avião é
necessário ter uma pista para pousar e decolar, e um hangar para guardar e
fazer manutenções. Um trem precisa de trilho entre uma origem e um destino. Ter
um carro é necessário ter uma garagem para guardar, e uma pista para circular. Ruas
e avenidas têm custos, de construção e manutenção, limpeza e conservação. Daí
vem uma necessidade de cobrar impostos a veículos automotores que desgastam e
usam ruas e avenidas (IPVA). Comodidade para abastecer, comprar e circular tem usos
e custos, tudo tem um preço.
O uso das calçadas pelos
automóveis, não estão incluídos na arrecadação do IPVA. Mesmo com o pagamento
do IPTU, o proprietário do imóvel não tem direito sobre o uso das suas calçadas
á frente de seus imóveis. Calçadas são destinadas a pedestres, e a melhor
denominação das calçadas é passeio publico. Um espaço público, para livre
circulação daqueles que não usam carros por opção ou por falta de condição.
Daqueles que buscam seus destinos com uma locomoção própria. Para uso daqueles
que não dispõem de veículos automotores movidos por combustíveis fósseis, mas
das forças de suas mãos e braços, impulsionando suas duas rodas.
Proprietários e motoristas
ao adquirirem seus problemas, seus veículos. Insistem em estacionar em calçadas
ou passeios públicos, transferindo seus problemas para aqueles que circulam
pelas calçadas, munidos de uma locomoção própria com auxílio das próprias
pernas.
Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 27/07/2014
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Texto produzido para:
O
Jornal de HOJE – Natal/RN
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Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento
Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento
Key Words: management; quality; knowledge
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