Terras do
Nem e de Ninguém (parte 2)
Nova
Parnamirim um bairro que muitos ainda conhecem ou lembram como o local de Nem,
nem de lá e nem de cá, nem daqui e nem dali. Tudo começou com uma Natal sem
espaço para crescer que invadiu as terras do norte de Parnamirim, ou uma
Parnamirim invadindo Natal tentando um status de ser Zona Sul da capital.
A partir
do marco zero de uma cidade e da Rosa dos Ventos posicionada, uma cidade define
as suas direções e localizações dos bairros. Por alguma razão não determinada,
ou não conhecida, os processos de ocupação vão se definindo com historias e
estórias, com acontecimentos. Cada cidade tem a sua historia de crescimento e
ocupação do solo urbano.
No
processo de urbanização, a população vai ocupando os espaços, de acordo com as
suas possibilidades e condições de terrenos oferecidos ou disponibilizados. Na
maioria das cidades a Zona Sul é sinônimo e representação de status e
qualidade de vida, enquanto Zona Norte é sinônimo de desordenamento na ocupação
urbana com problemas de abastecimentos e oferecimentos de serviços.
Todo administrador
publico para conhecer bem seu bairro ou município, deve deixar sua zona de
conforto, sair de seus refúgios, de seus carros e de seus gabinetes. Sair em
campo pesquisando e anotando problemas. Deixar o carro na garagem e utilizar o
transporte público, andar pelas calçadas, atravessar ruas e avenidas. A mulher
pública deve usar sapatos com saltos altos para manter a elegância e o
equilíbrio, pelas calçadas desniveladas, com obstáculos e depressões. Enquanto
homens devem utilizar transporte público com ternos e gravatas como nobres
senhores, respeitados e respeitadores, representantes autorizados e legitimados
pelos votos do cidadão, preferencialmente nas chamadas horas do rush, quando
todos querem e precisam chegar ao trabalho ou a suas residências.
Todos os
eleitos para as câmaras municipais poderiam experimentar diariamente uma
simples saída para uma hora de almoço, direito de todos os trabalhadores. Sair
a pé, munidos de seus vales refeições, circulando pelas ruas das cidades em
busca de um restaurante, ou uma lanchonete, a fim de satisfazer suas
necessidades fisiológicas da pirâmide de Maslow.
Diariamente
administradores do executivo e do legislativo e ate mesmo do judiciário podem
ter a oportunidade esquecida, de se sentir como pessoas comuns. Cidadãos de um
município que exercem seus direitos de ir e vir, e escolher aonde ir, com os
membros e as possibilidades que a natureza ofertou. Andar e comer faz bem,
relembrar faz bem melhor. Relembrar que um dia foi um simples cidadão, um
eleitor insatisfeito com a administração pública, e que procurou se eleger para
melhorar. Cada um faz pelos outros aquilo que gostaria que outros fizessem a
ele mesmo.
Prefeitos
e governantes bem como funcionários dos órgãos administrativos públicos devem
motivar a população com limitação de mobilidade a participar e ocupar os
logradouros públicos, motivando e incentivando com exemplos, como sentar em uma
cadeira de rodas e circular por ruas e calçadas. Com os espaços públicos
ocupados, ir-
se-ia na busca do respeito mútuo, entre pedestres e cidadãos, as
infrações seriam menores, consequentemente as punições.
Texto escrito para:
Jornal Metropolitano
Parnamirim/RN
BLOG/Metropolitano Texto disponivel em:
http://forumdomaracaja.blogspot.com.br/
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Entre Natal e Parnamirim/RN ─
13/11/2013
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http://revistamaracaja.blogspot.com.br/
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Roberto
Cardoso
(Maracajá)
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