Imagem; https://www.google.com.br/search?q=vaquejada+RN&biw=1242&bih=606&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi4q7C9xNPPAhVEkJAKHVZHArMQ_AUICCgD#q=vaquejada+RN&tbs=isz:l&tbm=isch&tbas=0&imgrc=KB0zp5vWSpfL-M%3A:
Estripulias e xurumelas legislativas
Tome tento! Tá chamando urubu de meu louro?
PDF 760
Abigobeis e amostrados acampados e acoitados nas terras do paquiderme norte-rio-grandense, ficaram de olhos aboticados com uma decisão do STF. Acharam um despropósito a proibição da vaquejada em território brasileiro, nem assuntaram o texto e o momento, querem partir para a briga. Vão aprontar um gorado. Mas prometem escrevinhar um texto bem arrochado, com ideias fuderosas. Uma curriola defendendo o que dizem ser histórico e cultural. Coisas de deputados com uma decisão suprema. Querem fazer fuá com a decisão do supremo. Oxente entojada, provocam gastura, carecem de um capilé nos ouvidos e uns tapas na fuça.
Fato curioso defenderem a vaquejada. Os cabras são aprumados, estão sempre nos trinques. Dormem mais que gato em cantina; um bando de nó cego, e agora estão com a moléstia. Estão sempre engomados e em ambientes com ar condicionado, com cafezinho e água gelada. Talvez tenham caramelos e nacos de rapadura escondidos no bolso. Mas não suportam moringa e copo de alumínio, correm bem longe da quartinha. Podem até participar de rodeios em uma visita às pressas, por ter um outro compromisso marcado, a velha estratégia dos legislativos, quando se veem ao ar livre ameaçados por calores e suores, sujeiras e poeiras. O medo de serem abraçados pelo povo, tal como Justo Veríssimo, o personagem político de Chico Anysio. Fazem a oração de Raimundo: comem no fundo e pé no mundo.
Na assembleia tem sibite baleado e filé de borboleta. Tem tamborete de forró e mais um frivião de gente, dispostos a comprar briga, em defesa do peão e contra os animais da criação. São contra os animais no campo levados para as vaquejadas, como bois, cavalos e jumentos. E contra os animais nas cidades, já que não se decidem pelos os usos e abusos das carroças transportando metralhas, entulhos e despejos, pelas ruas das cidades.
O presidente da assembleia que é um cabra arretado, e está em riba do rebuliço, ficou tiririca com a lei. O cabra tem até nome de capataz e sobrenome de cangaceiro, mas tá variando. Faz pose em defesa do vaqueiro e serviços de terceiros, cabra amostrado. E depois de ficar empanzinado de picado e de bode torrado, assuntou em um jornal que defende a lida dos vaqueiros. Mas ainda falta ele chegar chegar na assembleia montado em um jinette, todo paramentado de cangalhas, de gibão e chapéu de couro.
Os nobres engravatados não estão em defesa da história e da cultura, mas em defesa de um grupo lobista; em defesa de empresários disfarçados de agentes e produtores culturais, contratando shows e espaços campestres. Em muitas prefeituras já foram descobertas fraudes de contratação de artistas e cantores, sempre de lugares distantes, que proporcionam vantagens e notas exorbitantes. Tudo cagado e cuspido, se achando caixão e vela preta. Mas vão encontrar o cão chupando manga, estão querendo cu de burro. Mas ói os sem futuro querendo uma peia, o povo vai torar dentro. Os cabras das leis estão cheio de aresia, são meio apombalhado, não enxergam seu argueiro, querem mesmo um apoito. Vão arrumar um bom arranca-rabo com o povo letrado, disposto a uma arenga.
Segundo o tal jornal, tem um povo da vaquejada apresentando estatísticas. Devem estar encabrestados com estratégias políticas, dos que gostam de apresentar percentuais, sem apontar uma fonte confiável e fidedigna dos percentuais amostrados. Tudo é calculado na base do achismo.
A falta da vaquejada pode ser uma grande perda de arrecadação para empresários de rinhas e para os que conseguem alguma comissão, a custa dos animais e a diversão macabra para o povo. E o que é um peido para quem está cagado?
Estão viajando na contramão do tempo, um tempo que se dispõe a ser alvissareiro, sem chicote e sem castigos, sem cárceres e sem domínio. Em seus carros fechados com ar condicionado, não enxergam o que acontece nas ruas.
Fonte de palavras e termos regionais ou nordestinos:
Dicionário de Potiguês - Kadmo Donato
Expressões Populares - Kadmo Donato
por
Roberto Cardoso
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Em 11/10/2016
Entre Natal/RN e Parnamirim/RN