segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

WS1



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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Um conhecimento que circula pelas ruas (3)

O Jornal de Hoje - Natal/RN - 02/02/15- http://issuu.com/jornaldehoje/docs/02022015/2





Um conhecimento que circula pelas ruas (3)

O ato de negociar levou a uma necessidade de se comunicar, uma comunicação compreensível por ambas às partes do negocio. E a necessidade de cada vez ir mais longe para comprar e negociar, foi deixando marcas e sinais pelo caminho. Primeiro foram os deslocamentos terrestres, com comboios formados por montarias, que transportavam mercadorias. Com regras e caminhos a seguir, um tempo e um local para chegar. Dos caminhos e picadas, passaram carroças e carruagens, então surgiram as estradas. 

O uso das embarcações criaram regras para as navegações, promovendo a segurança de todos: passageiros, tripulantes e mercadorias, bens comerciais e bens intelectuais. Segurança para um lugar onde em situação de emergência não haveria terra para pisar. Regras de embarque e desembarque para mercadorias e passageiros, bem como as regras de deslocamento das embarcações. Regras à principio simples, como a preferência de uma embarcação sobre a outra, baseada em seu tamanho, mobilidade e velocidade.  Preferências entre atracar e desatracar, um barco ou um navio; entrar ou sair de um porto e até como passar por um canal. Regras de uma condição macro (com grandes navios, em grandes espaços), e regras em um universo micro (pequenos barcos em pequenos espaços). Regras de cabotagem e longo curso, com carga geral e cargas específicas.

E regras existem sobre ruas e calçadas, canais de circulação de carros e pedestres. Espaços destinados a uns e a outros. Regras de travessias e manobras, assim como barcos e navios, os pedestres e os carros também fazem travessias e manobras. Na visão holística oriental, ruas e avenidas são como os rios que fluem.

Regras existem para paradas e estacionamento, embarque e desembarque de passageiros. Espaços para veículos automotores, com alta ou baixa velocidade. Espaços para ciclistas e motociclistas. Espaços para pedestres com autolocomoção e pedestres portadores de uma insuficiência ou deficiência de locomoção. Pedestres com capacidades auditivas e visuais plenas, e pedestres com uma deficiência da capacidade auditiva e visual. Cada ser humano tem uma capacidade de carga intelectual e uma capacidade de locomoção e visualização; uma velocidade e uma mobilidade. 

Assim como foram criadas regras para grandes equipamentos de transportes, também foram criadas regras de comportamentos e deslocamentos para as pessoas. O macro e o micro, com suas devidas proporções. Cada ser tem uma travessia a realizar, uma carga e uma missão a entregar. Cada um pode carregar pastas ou envelopes; sacos ou sacolas; bolsas ou maletas; embrulhos ou pacotes. E regras entre pessoas podem estar simplesmente descritas e simbolizadas no chão, sobre uma caçada ou um calçadão, entre o meio fio e o paredão. 

Em principio partimos das chamadas regras de comportamento e regras de boa conduta, contidas no conhecimento da boa educação. O tempo e o lugar são definidos, com regras próprias. Enquanto as cidades eram pequenas, e as famílias se conheciam, primou-se por uma boa educação, que vinha de berço ou de casa. Enquanto as crianças brincavam nas calçadas, nas ruas e nas praças, em terrenos baldios, o espaço de convivência da garotada, cada qual deveria vir com uma educação de casa, respeitando direitos e limites do outro. As brincadeiras infantis realizadas nas ruas estabeleciam uma regra não escrita, mas respeitada, calcada em respeitos e bens morais. Quem não sabe brincar não desce para o play.

A partir do momento que a cidade cresce, a educação sai de casa para ser contida nos currículos escolares. Agora as escolas, sendo o local da convivência diária entre a população na idade escolar. A escola ensina seus alunos a andar e se comportar nas ruas, com visitas a museus, monumentos históricos, e indústrias. Entram educadamente em filas para acessos aos patrimônios públicos e nos sistemas de transportes, que os conduzem da escola ao local a ser visitado. Com cantinas, refeitórios e lanchonetes o comportamento nas refeições.

A idade escolar termina, e a convivência da população passa a ser nas ruas. Volta para as ruas, e agora ruas com um maior movimento, onde não é possível sentar na calçada, para uma brincadeira de pique ou bola de gude. Agora a rua é um espaço de locomoção. A pé ou de carro com regras de convivência, conveniência e locomoção. Sem uma casa ou uma escola, o aprendizado adquirido ao longo do tempo dever ser usado. Sem um controle de vigilância rígido, tudo que foi aprendido pode não ser respeitado. Cabe ao poder publico estabelecer e cobrar as regras de convivência e comportamento em grandes aglomerações. Cabe a cada cidadão cobrar e lembrar o outro sobre os espaços demarcados.

Obter uma carteira de habilitação requer saber ler e escrever; ter o conhecimento do código e leis de transito; e principalmente educação. Habilidade na direção de um automóvel e habilidade na interpretação de símbolos e desenhos no mobiliário urbano. 

Um estabelecimento que ofereça vagas para veículos na porta pode estar criando uma discriminação entre o que tem um poder aquisitivo maior, e outro com um poder aquisitivo supostamente menor. Ainda que ambos possam gastar em diferentes proporções, independente de seu meio de locomoção. O estabelecimento erra por submeter ao pedestre desviar de um carro ocupando um espaço desde a parede ao meio fio. Submete o pedestre a disputar um espaço nas ruas, onde a principio é um espaço destinado ao carro, enquanto carros estacionam sobre calçadas um espaço destinado a pedestres. Uma calçada ocupada por carros impede o ato de circular e negociar. Atos que circulam pelas ruas o tempo todo. 

O automóvel foi feito para andar e circular. O proprietário que deseja manter seu automóvel parado, que pare na garagem de casa, o local mais seguro e protegido para manter o carro parado. Calçadas foram feitas para pedestres, para circular e acessar imóveis residenciais, industriais ou comerciais. Pisos diferenciados determinam pedestres diferenciados. Lembrando aquele ditado: Quem não sabe brincar não desce para o play; Quem não sabe usar o espaço publico que fique em casa.

Natal, 01/02/15



O Jornal de Hoje
Natal/RN
02/02/15
http://issuu.com/jornaldehoje/docs/02022015/2

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O SUSto da fraude.




 O SUSto da fraude.



O cidadão cadastrado no SUS, supostamente um cadastro nacional, ao mudar de cidade, pode ser recadastrado. O futuro paciente domiciliado na nova cidade, em busca de um atendimento ambulatorial, pode descobrir que pode ser necessária uma atualização cadastral, fornecer documentos de praxe (Cartão do SUS, RG, CPF e comprovante de residência), no atendimento municipal e no cadastro nacional do SUS. Deve procurar um local de atendimento municipal e fazer um recadastramento, atualizando seus dados cadastrais.

Com um recadastramento, na nova cidade recebe um novo cartão SUS, com um novo numero de cadastro nacional. Daí então um novo SUSto. Uma duplicidade de cartões em um cadastro único de um sistema único. Um cartão que dá acesso a sua saúde, de uma saúde que é sua, e unicamente sua.

Trocando o cartão do SUS, e trocando o número do cartão, mais um SUSto. Um SUSto ao imaginar que seus prontuários anteriores podem ser descartados. Suas consultas e seus médicos anteriores podem ficar no numero anterior. Um descarte do seu histórico medicamentoso e patológico pessoal; e um histórico de patologias familiares.

Efeitos do SUSto. Seria o recadastramento municipal uma forma de fraudar o sistema? Seria o recadastramento uma forma das prefeituras justificarem um numero de pessoas cadastradas no SUS, e um numero de cadastrados estabelecidos em sua cidade? E com este numero justificar verbas ao governo federal? Seria uma maneira de conseguir um maior numero de cadastros para cada vez justificar uma maior verba? Verbas para cofres públicos municipais que não saberemos o quanto entrou em beneficio da saúde, e o quanto realmente foi gasto com saúde para um numero de cidadãos informados e cadastrados.

Dentro de hospitais acontecem fraudes com números de AIH (Autorização de Internação Hospitalar), um numero emitido e remetido ao SUS, quando um paciente precisa ser internado. Com um número novo no cartão SUS, há a possibilidade de criar um novo paciente sem histórico.

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Regiões Metropolitanas existem em torno das capitais estaduais. Utilizando a Grande Natal como exemplo. A Região Metropolitana de Natal é formada por dez municípios, interligados. Formando a maior concentração populacional do Estado do Rio Grande do Norte. Diariamente milhares de trabalhadores ou não trabalhadores partem de cidades mais próximas em direção a capital para exercerem suas atividades, sejam elas por meio de carteira assinada ou mesmo atividades exercidas por profissionais liberais e autônomos. Saem de suas cidades em busca de trabalho, escolas e hospitais. Saem de suas cidades em busca de oportunidades e facilidades.

Muitas das cidades da Grande Natal funcionam como cidades dormitório, onde o trabalhador sai pela manhã, e retorna no final do dia para sua residência. Diariamente centenas e milhares de pessoas passam para outro município da Grande Natal. E até mesmo alguns que não fazem parte da Região Metropolitana de Natal, podem adentrar e sair o espaço geográfico em um mesmo dia. Uma massa de pessoas cria ondas de um lado para outro.

Diariamente cidades podem ficar vazias com postos de atendimento de saúde também vazios, enquanto uma massa populacional esta ausente trabalhando, resolvendo problemas e pendências, e até mesmo estudando em outros municípios. Daí vem um SUSto, estariam as prefeituras recebendo valores referentes a quantidade de pessoas cadastradas? E diariamente ausentadas?

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Em caso de emergência a solução poderá ser sair em busca e encontrar uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), e correr os riscos dos novos SUStos. E na tentativa de encontrar um local, para ser atendido, UPA, upa. Upa cavalinho vamos arribar e buscar outro lugar para apear, porque aqui não dá. Não é á toa que o cidadão em busca de um atendimento médico é chamado de paciente.


Entre Natal/RN e Parnamirim/RN, 02/02/15

O SUSto da fraude. 

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